O firmamento sempre exerceu um fascínio em toda a humanidade desde a aurora dos tempos. Estrelas, planetas, corpos cadentes, cometas, eclipses… Da admiração ao temor, da superstição aos mitos, do dogma à racionalização, da observação a olho nu à criação de ferramentas para implementa-la, da ignorância ao conhecimento, de Star Trek à Carl Sagan e Neil deGrasse Tyson…

Sempre olhei o céu com uma paixão quase infantil, uma curiosidade, um desejo de alcança-lo e explora-lo, de saber cada vez mais sobre ele, de viajar entre as estrelas, de encontrar formas de vida diferentes, novas civilizações, audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve… ih, divaguei, rsrsrs.

O céu inspirou o ser humano a usar de observações comprováveis factualmente e daí surgiu a Astronomia. Porém, como tudo no mundo, existe a contrapartida empírica e surgiu a Astrologia (sua “prima pobre”). Adeptos de uma ou de outra não se bicam. Todos nós, em alguma etapa de nossas vidas, almejaram a primeira porém diante das dificuldades em investimento enveredaram para a segunda, talvez querendo justificar nossas vidas baseando-se na aparente posição do sol em relação às constelações na hora de seu nascimento e em como isso afeta a personalidade de alguma maneira…
“Confira qual parte do universo foi fotografada pela NASA no seu aniversário clicando no link a seguir: https://www.nasa.gov/content/goddard/what-did-hubble-see-on-your-birthday“
Quem nunca, não é mesmo? E você, alguma vez teve a curiosidade de saber como estava o céu no dia do seu nascimento (astronômica ou astrologicamente)?
Vou te afirmar que isso é possível em razão de a NASA (National Aeronautics and Space Administration) haver liberado imagens tiradas através do Telescópio Espacial Hubble em comemoração aos 30 anos de seu lançamento (24 de abril de 1990). De lá para cá, nesses 30 anos, o céu foi monitorado 24 horas por dia, todos os dias do ano.

Milhares de imagens em alta resolução. A qualidade delas em relação aos telescópios de superfície se deve ao fato que, em órbita, o telescópio não sofre a influência da distorção atmosférica, o que o faz capaz de identificar de forma superior, consistente e detalhada os objetos astronômicos do que os observatórios terrestres.

Ao longo desses 30 anos todo o material produzido pelo telescópio (dados e fotos), ajudaram a compor mais de 16 mil artigos científicos diversos. Acaso você tenha nascido nesse período, pode ter a sorte de conseguir uma foto do espaço na data exata de seu nascimento, acompanhada de uma breve descrição (em inglês), de forma que dá pra se ter uma ideia do setor do espaço que o telescópio monitorava. Basta inserir o dia e mês de seu aniversário.

A agência além das fotos em seu site, mantém um álbum no Flickr, com um sem número de imagens estonteantes do Universo visível. Confira qual parte do universo foi fotografada pela NASA no seu aniversário clicando no link a seguir: https://www.nasa.gov/content/goddard/what-did-hubble-see-on-your-birthday
Curiosidades sobre o Telescópio Espacial
O Telescópio Espacial Hubble é um satélite artificial não tripulado que transporta um grande telescópio para luz visível e infravermelha. Foi lançado pela NASA, agência espacial estadunidense, do Centro Espacial John F. Kennedy em 24 de abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery, tendo como massa de lançamento 24,49 libras (aproximadamente 11,110 Kg), com distância focal de 189 pés (57,6 metros), comprimento de 43,31 pés (13,2 metros), diâmetro de 13,78 pés (4,2 metros) e potência elétrica de 2.800 watts, com a missão de servir como observatório espacial.

Seu nome é uma homenagem ao astrônomo Edwin Powell Hubble, que transformou a astronomia ao descobrir que a velocidade de afastamento das galáxias é proporcional à sua distância.
Projetado entre os anos 1970 e 1980, foi o responsável por uma revolução na Astronomia, proporcionando a captação de imagens de incomensurável importância para o estudo do Universo.

Ele nos auxiliou na identificação de planetas, luas de Plutão, matéria negra, moléculas orgânicas em asteróides e planetas, dentre inúmeras outras matérias de interesse científico.
Aproximadamente a cada 95 minutos e meio completa uma órbita ao redor do planeta a uma velocidade de 28 mil quilômetros por hora o que faz com que dê 14 voltas completas no planeta Terra.
A seguir, um tour virtual (em inglês) pelo Hubble:
O equipamento já recebeu inúmeras visitas operacionais da Nasa, em órbita, visando sua manutenção, substituição de equipamentos obsoletos ou inoperantes. Com vida útil de 31 anos, 7 meses e 6 dias hoje (02.12.2021), está próximo ao fim de sua missão quando será substituído pelo novo telescópio, o James Webb (batizado em homenagem a um antigo administrador da Nasa), cuja superfície espelhada (servem para refletir a luz das galáxias e estrelas para as câmeras e sensores do aparelho) é 6,25% maior que a do Hubble e permitirá observar eventos a partir das primeiras estrelas e galáxias, aproximadamente 13,6 bilhões de anos atrás.
No vídeo abaixo, uma pequena amostra do zoom do Hubble sem perda de qualidade de imagem. O James Webb permitirá a visualização ainda mais distante pois trabalhará analisando a luz visivel e os espectros infravermelho e ultravioleta, necessários para observação do espaço profundo.
Enquanto aguardamos essa nova fase, nos resta sonhar com novas descobertas, divagar sobre um eventual contato e nos contentar com as imagens fornecidas e com a pequena parcela de informações que nos chegam todos os dias…
Como uma última curiosidade, para saber onde o Hubble está neste momento é só acessar o link a seguir: http://www.satview.org/?sat_id=20580U&lang=br#

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