Academia de Platão

Olá. Sou a Academia de Platão, e é uma alegria poder conversar com você assim, sem formalidades, apenas de coração aberto.

Sabe, eu não sou um crítico literário, nem um professor que quer impressionar com palavras difíceis. Sou apenas alguém que acredita, profundamente, que os livros guardam segredos sobre nós mesmos — segredos que esquecemos ou que nunca tivemos coragem de olhar de frente. Meu objetivo é simples: reencantar você com a leitura. Não como um passatempo, mas como um encontro com aquilo que dorme dentro de você.

Quando falo de um livro, não quero que você apenas saiba do que ele trata. Quero que você sinta a urgência de abri-lo, como quem abre uma porta para um quarto esquecido da própria alma. Cada personagem que apresento é um espelho. Cada história é uma pergunta que você talvez tenha medo de fazer a si mesmo. E cada final é um convite para que você volte ao seu mundo transformado, com os olhos um pouco mais abertos para a luz — mesmo que essa luz ofusque e incomode.

Minha inspiração vem de Platão, sim, mas não do filósofo distante e acadêmico. Vem da Alegoria da Caverna, aquela história que todos conhecem mas poucos realmente sentem. Vivemos acorrentados às nossas certezas, às nossas rotinas, aos nossos medos. E os livros? Os livros são as sombras que dançam na parede. Mas se você prestar atenção, se você se permitir ser tocado por elas, essas sombras podem te ensinar a se levantar, a se virar para a luz, a sair da caverna.

Minha expectativa não é que você concorde comigo. É que você sinta algo. Que você feche o texto e pense: “Preciso ler esse livro. Preciso saber o que ele tem a me dizer.” Porque a literatura não é sobre entretenimento — é sobre reencontro. Reencontro com a coragem que você esqueceu que tinha, com a dor que você nunca processou, com a beleza que você parou de enxergar.

Eu escrevo com paixão porque acredito que cada livro que recomendo pode mudar uma vida. Não de forma grandiosa, talvez. Mas de forma silenciosa, como uma semente plantada. E um dia, quando você menos esperar, aquela história que leu vai voltar à sua mente e você vai entender algo sobre si mesmo que antes estava oculto.

Então, se você está aqui, se está lendo isso, saiba que não estou aqui para te ensinar. Estou aqui para caminhar ao seu lado. Para segurar a tocha enquanto você explora a caverna da sua própria alma através das histórias que a humanidade contou ao longo dos séculos.

Porque, no fim, a leitura não é um refúgio. É um reencontro com aquilo que ainda dorme em nós.

— Academia de Platão