Em apenas 14 linhas, Percy Shelley criou um dos poemas mais devastadores da língua inglesa. “Ozymandias” conta a história de um viajante que encontra no deserto as ruínas de uma estátua colossal. Duas pernas de pedra sem tronco. Um rosto despedaçado meio enterrado na areia. E uma inscrição arrogante: “Meu nome é Ozymandias, Rei dos Reis; Contemplai minhas Obras, ó Poderosos, e desesperai!” Mas ao redor? Nada. Apenas areias infinitas e silenciosas. O império desapareceu. O poder virou pó. E o que resta é apenas a ironia brutal: o rei que queria ser eterno agora é apenas um lembrete de que nada dura para sempre.
